Sunday, September 17, 2006

O Vício da Alma

Há algum tempo atrás, o trecho de uma música (ou o que eu pensava ser) me chamou atenção: "O Amor não é nada, é um vício da alma". E assim, levava comigo essa frase, mais pela força da expressão do que pelo sentido, apesar de nunca ter entedido direito, nem tentado entender, seu significado.

Cerca de 5 anos após ter ouvido pela primeira vez, a referida música me chamou novamente atenção: a frase a qual me impressionou, não existia, ou pelo menos, não na letra desta música. Pela forma como é cantada fica difícil entender o sentido original que é "O Amor não é nada, é um clichê da alma". Aí que não entendia nada mesmo, mas tudo bem.

Agora, estudando o vício do tabagismo, voltei a pensar na versão original, a minha versão, e vi que até pode fazer algum sentido. A primeira parte é fácil de justificar: o Amor é tudo e nada ao mesmo tempo, é um conceito que não se consegue delinear, definir. Alguém já viu o Amor? Mas quém seria capaz de dizer que o Amor não existe?. A última parte também é fácil, que o Amor é um atributo da alma nem os tucanos duvidam. O complicado é comparar Amor e vício. Pórem, não é tão absurdo, se não pensarmos nos termos negativos que a palavra vício tradicionalmente carrega e sim, no sentido de dependência, de capacidade de modificar o comportamento de alguém. E nisso, segundo dizem, o Amor consegue se igualar ou, quiçá, suplantar os vícios tradicionais.

Pois bem, se é assim, e se, conforme os especialistas, para largar o vício do tabagismo é necessário pelo menos 3 a 4 tentativas antes do sucesso, quão difícil será se livrar de um Amor? E do Amor de uma vida?

Alguém se abilitaria a responder? Eu não.

PS: Para os curiosos o nome da música é Contato e seu autor Leoni. Leia e ouça.

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